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28/10/2024
Jean Piaget foi um dos maiores estudiosos do desenvolvimento infantil e sua teoria sobre as fases do desenvolvimento cognitivo continua sendo uma referência na educação. Piaget identificou quatro estágios principais pelos quais as crianças passam, cada um com características únicas que influenciam a maneira como os pequenos aprendem e interagem com o mundo ao seu redor. Essas etapas vão desde a primeira infância até a adolescência, oferecendo uma visão detalhada de como o conhecimento é construído ao longo da vida.
O estágio sensório-motor ocorre do nascimento até os 2 anos e marca o início da exploração do mundo pelos sentidos e movimentos. É nessa fase que a criança desenvolve a ideia de permanência do objeto, entendendo que os objetos continuam a existir mesmo quando não estão visíveis. Essa descoberta é essencial para a construção das primeiras bases do pensamento.
A partir dos 2 anos, a criança entra no estágio pré-operacional, que se estende até os 7 anos. Nessa fase, há um grande desenvolvimento da linguagem e do pensamento simbólico. As crianças começam a brincar de faz de conta e a utilizar símbolos para representar objetos e situações. No entanto, o pensamento ainda é egocêntrico, o que significa que elas têm dificuldade em compreender o ponto de vista dos outros. “O pensamento simbólico que se desenvolve nesse estágio é fundamental para a formação das habilidades linguísticas e para a imaginação das crianças”, comenta Derval Fagundes de Oliveira, diretor do Colégio Anglo Salto.
Entre os 7 e 11 anos, as crianças alcançam o estágio das operações concretas. Elas se tornam capazes de realizar operações mentais mais complexas, como a classificação e a seriação de objetos, mas ainda dependem de elementos concretos para resolver problemas. O conceito de reversibilidade, como entender que uma ação pode ser desfeita, também é adquirido nessa fase. Isso permite um avanço no raciocínio lógico e na compreensão de regras.
O último estágio identificado por Piaget é o das operações formais, que começa por volta dos 11 anos e se estende até a adolescência. Nesse período, os jovens são capazes de pensar de forma abstrata e de lidar com conceitos hipotéticos. Eles desenvolvem a habilidade de raciocinar sobre ideias sem a necessidade de objetos físicos, o que amplia sua capacidade de analisar problemas complexos. Para Derval Fagundes de Oliveira, “essa fase é marcada pela habilidade de pensamento crítico e pela capacidade de planejar para o futuro, aspectos essenciais para a formação de um adulto preparado para os desafios do mundo moderno”. Para saber mais sobre Piaget, visite https://www.todamateria.com.br/jean-piaget/ e https://novaescola.org.br/conteudo/1709/jean-piaget-o-biologo-que-colocou-a-aprendizagem-no-microscopio