23/04/2025
Crianças com menos de 10 anos ou com altura inferior a 1,45 metro devem obrigatoriamente ser transportadas em cadeirinhas de segurança, conforme determina o Código de Trânsito Brasileiro. A regra está prevista na Lei nº 14.071/2020, em vigor desde abril de 2021, e classifica como infração gravíssima o transporte inadequado, com multa e sete pontos na carteira. O objetivo é claro: proteger vidas, especialmente as mais vulneráveis em situações de colisão ou frenagem brusca.
A escolha correta do dispositivo leva em conta peso e altura da criança, mais do que a idade. Recém-nascidos e bebês de até cerca de 9 kg devem utilizar o bebê conforto, instalado de costas para o movimento do carro. Entre 9 kg e 18 kg, a cadeirinha de segurança já pode ser usada voltada para frente. Para os maiores, até 36 kg, o assento de elevação é indicado, sempre garantindo que o cinto do carro esteja corretamente posicionado, sem passar pelo pescoço ou pela barriga.
“O uso correto da cadeirinha é uma forma concreta de cuidar da integridade física das crianças e demonstrar responsabilidade no trânsito”, afirma Derval Fagundes de Oliveira, diretor do Colégio Anglo Salto.
A instalação do dispositivo deve ser feita com atenção. Modelos com sistema Isofix oferecem maior estabilidade, por serem fixados diretamente à estrutura do carro. Desde 2018, todos os carros vendidos no Brasil já vêm com esse sistema. Caso o modelo do veículo não seja compatível, a cadeirinha pode ser presa com o próprio cinto de segurança do carro — desde que fique firme, sem folgas ou movimentos excessivos.
Além da instalação, é importante ajustar corretamente os cintos internos da cadeirinha, que devem passar sobre os ombros da criança e manter um encaixe firme, mas confortável. Tiras frouxas ou mal posicionadas comprometem a eficácia da proteção e aumentam o risco de ferimentos.
Estudos demonstram que o uso adequado das cadeirinhas reduz significativamente as chances de morte em acidentes de trânsito. Segundo dados da American Academy of Pediatrics, a redução pode chegar a 82%. Esses números deixam claro que não se trata apenas de cumprir a lei, mas de adotar uma medida comprovadamente eficiente para preservar vidas.
Outro ponto importante é evitar cadeirinhas usadas de procedência desconhecida. Modelos que passaram por colisões podem ter a estrutura interna danificada, mesmo sem sinais aparentes. O ideal é sempre optar por equipamentos novos e certificados pelo Inmetro.
No dia a dia, erros comuns como permitir que a criança sente no banco da frente antes do tempo, usar dispositivos inadequados ou deixá-los mal ajustados, ainda são frequentes. Pequenos descuidos podem ter grandes consequências. Por isso, a atenção dos pais e responsáveis deve ser constante, especialmente em trajetos curtos e rotineiros, que tendem a gerar uma falsa sensação de segurança. Para saber mais sobre cadeirinha de carro, visite https://quatrorodas.abril.com.br/auto-servico/como-escolher-e-como-e-a-atual-lei-das-cadeirinhas-infantis-no-carro e https://www.usecadeirinha.com.br/importancia-uso-cadeirinha/