25/04/2025
Substituir o lanche ultraprocessado por uma fruta, caminhar até a escola ou participar de uma brincadeira ao ar livre durante o recreio são atitudes simples que contribuem para a construção de hábitos saudáveis desde a infância. E quanto mais cedo essas práticas são incorporadas ao dia a dia das crianças, maiores são as chances de que se tornem parte de sua rotina ao longo da vida.
A escola exerce um papel estratégico nesse processo, pois é um espaço onde os alunos passam boa parte do tempo e convivem com diferentes estímulos. Oferecer oportunidades para que as crianças se alimentem melhor, movimentem-se mais e reflitam sobre o impacto das escolhas diárias é um caminho que fortalece não só a saúde física, mas também o desempenho escolar, a autoestima e a socialização.
De acordo com Derval Fagundes de Oliveira, diretor do Colégio Anglo Salto, incentivar hábitos saudáveis dentro do ambiente escolar é uma forma de cuidar da formação integral dos alunos. “O exemplo e a orientação diária ajudam a criar consciência desde cedo sobre o que faz bem e o que precisa ser evitado”, afirma.
O excesso de peso na infância é uma realidade que exige atenção. Alimentação rica em açúcar e gordura, tempo excessivo de tela e pouca atividade física são fatores que contribuem para o aumento da obesidade infantil, cujos impactos vão além do aspecto físico. Problemas de sono, dificuldades respiratórias, cansaço, dores nas articulações e questões emocionais como ansiedade e isolamento são comuns em crianças com sobrepeso.
Criar uma cultura de saúde envolve mais do que restringir alimentos ou limitar o uso de telas. É necessário educar pelo exemplo e tornar o estilo de vida saudável algo natural, prazeroso e possível. Uma rotina com horários definidos para as refeições, incentivo à hidratação, variedade de frutas, legumes e alimentos pouco processados é um bom começo. Atividades físicas devem ser estimuladas com leveza, por meio de esportes, jogos, danças ou até mesmo tarefas do cotidiano que exijam movimento.
O papel da família é fundamental. Estimular conversas sobre alimentação, envolver a criança na escolha dos alimentos, mostrar interesse por suas experiências na escola e estabelecer regras com afeto ajuda a criar um ambiente seguro e propício para mudanças consistentes. Além disso, respeitar o tempo da criança, sem cobranças excessivas, é essencial para que ela desenvolva autonomia em suas escolhas.
Para saber mais sobre obesidade, visite https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2021/junho/obesidade-infantil-afeta-3-1-milhoes-de-criancas-menores-de-10-anos-no-brasil e https://brasilescola.uol.com.br/saude/obesidade-infantil.htm