Home
Home
16/10/2024
A administração de medicamentos na infância é uma questão delicada que exige atenção especial. O organismo das crianças, em fase de desenvolvimento, responde de maneira diferente aos remédios, o que pode acarretar riscos à saúde, especialmente quando o consumo é excessivo.
O uso inadequado de remédios pode ter impactos significativos no bem-estar físico das crianças. Um dos principais riscos é a intoxicação medicamentosa, que pode ocorrer tanto por erro na dosagem quanto pela administração repetida sem acompanhamento médico. Por exemplo, o uso excessivo de antitérmicos pode afetar o fígado, enquanto o consumo indiscriminado de antibióticos contribui para o surgimento de resistência bacteriana, tornando o tratamento de futuras infecções mais complicado. “O uso indiscriminado de medicamentos pode ter efeitos colaterais graves que poderiam ser evitados com a devida orientação médica”, alerta Derval Fagundes de Oliveira, diretor do Colégio Anglo Salto.
Além dos efeitos físicos imediatos, o uso frequente de medicamentos pode mascarar sintomas importantes. Medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios, que apenas aliviam a dor ou a febre, podem dar a falsa impressão de que a criança está melhor, quando, na verdade, a doença de base pode estar progredindo sem ser diagnosticada corretamente. Isso pode atrasar o tratamento adequado, colocando a saúde da criança em risco.
Outro fator de preocupação é que as crianças podem desenvolver reações alérgicas a certos medicamentos. Essas reações podem se manifestar de várias maneiras, como erupções cutâneas, dificuldade respiratória ou vômitos. É crucial que os pais fiquem atentos a qualquer sintoma inesperado após a administração de um medicamento e busquem orientação médica imediatamente em caso de reações adversas.
Para evitar esses riscos, é importante que os pais compreendam a necessidade de consultar um médico antes de oferecer qualquer tipo de medicamento às crianças. A automedicação, prática comum entre adultos, pode ser extremamente perigosa quando aplicada aos pequenos, que têm diferentes necessidades e sensibilidades. “Dar remédio por conta própria, sem a devida recomendação, pode trazer mais prejuízos do que benefícios, especialmente para as crianças que são mais vulneráveis a reações adversas e intoxicações”, ressalta Derval Fagundes de Oliveira.
Além disso, os pais devem seguir as instruções de dosagem à risca. Muitas vezes, a superdosagem ocorre pelo uso incorreto de colheres ou outros métodos inadequados de medição, o que pode ser evitado com seringas dosadoras, por exemplo. A leitura cuidadosa da bula e a atenção às recomendações médicas são passos importantes para garantir a segurança na administração de medicamentos.
É essencial que todos os medicamentos estejam armazenados em locais seguros, fora do alcance das crianças, para evitar acidentes. Com o cuidado adequado, é possível garantir que o uso de remédios seja seguro e eficaz, preservando a saúde dos pequenos. Para saber mais sobre remédios para crianças, visite https://oglobo.globo.com/saude/saiba-quais-sao-os-riscos-de-usar-remedios-em-criancas-sem-orientacao-pediatrica-5106276 e https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/perigos-da-automedicacao-em-criancas.htm